Maratona de Salvador

Frase do dia:
"Esse negócio de "priquito" só tem é fama, bom mesmo é cerveja".
(Filósofo Mestre Viana de Tabira)


A primeira maratona de Salvador aconteceu, e com certeza eu não estaria de fora desta festa histórica.
Fiz também a primeira maratona de Londrina, a do deserto do Atacama e também a estreia da Maratona rock and roll em Las Vegas.

Quando eu estiver velhinho vou contar pros meus bisnetos que fiz parte da história desta maratona nordestina. O ruim é que se eles forem olhar o meu tempo, vão ficar um pouco decepcionados...
Mas tudo bem, o certo é que eu fui, sofri e terminei mais um desafio. Conquistei mais uma medalha, dessa vez a de número 54 entre maratonas e ultras.

De passagem comprada, fiz também uma surpresa aos amigos  de Tabira, Holanda e Viana, que estavam comemorando 60 anos.
Conheceram pela primeira vez Salvador e o "pássaro de lata". As resenhas que eu tenho desses dois na estreia do avião vão render uns 10 anos...
Chegamos na sexta feira e já começamos os trabalhos "cervejais", e a farra foi até 2 da matina.

No sábado demos continuação nos trabalhos no Pelourinho e no mercado modelo...

Acabada a farra é hora de mais lazer, desta vez a corrida. Acordei cedinho, ressacado, mas com uma vontade grande de concluir mais uma maratona.
A largada foi às 6:45. Hora boa de largar no Nordeste, mas o rei Sol já estava lá mandando ver. 

Encontrei com os amigos da Acorja e com o amigo José Maida Jr, que estava fazendo a maratona de número 134. Acredita??? Tenho que correr muuuuuito ainda...

Meu irmão português Amorim

O percurso com uma ladeirinha apenas, saia do Jardim de Alah, dava umas voltas e seguia pela orla até o farol da barra e voltava até a largada, fazendo 26 kms. Corri sem parar até lá, e me deu uma vontade grande de parar ali mesmo. O sol "matando", o vento "contra", a ressaca e outros ingredientes mais minavam a resistência do matuto de Tabira. Rachel de Alemão, fez essa foto no km 26.

Ainda tinha 26 kms e eu estava literalmente "morto". 

Lá pelos 32kms tive o prazer da companhia do baiano Gilberto que tinha conhecido na maratona de Copenhagen 2013 (que correu essa maratona nos seus 60 anos e na presença dos 2 filhos também maratonistas).

O "cara" é muito gente boa que e até tentou me dar uma "carona" até o final, mas eu não conseguia nem trotar.

Parei e fui tomar uma água de côco na orla com uma "bananinha" que a Baleias Dart Andrade me deu.

Não parei totalmente, mas fui correndo 200 metros e andando 100 metros até o final. Só fiquei chateado comigo mesmo quando fui ultrapassado no final por uma "gordinha". É a vida de corredor pangaré...

Conclui finalmente com 4 horas e 26 minutos.

De longe o meu pior tempo em "maratonas de rua".

Voltei fortalecido e com muitas histórias pra contar...

Holanda e Viana

Gilberto

Áureo de Uberrrrlândia

Gilberto e João 

No final a confraternização (afinal ninguém é de ferro) com Bagetti e Érica no Botequim São Jorge. Bom demais!!!!

Como diz o meu amigo Paulo Sobral, "vida longa a tudo isso que a corrida proporciona".