Frase do dia:
“A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que nos enganamos.” (Jean-Jacques Russeau)
Enviei uma mensagem pra Feiju pedindo pra participar de um treino com o Trilhos e Trilhas.
Ele me autorizou a participar e eu acordei cedinho e às 5:05 estava chegando no lugar da largada.
Mesmo com algumas caras conhecidas como Flávio Lemos que conheço desde o meu início lá em 2007, Rodrigo, Paulinho, Enildo e Anita da Acorja. Feiju e Dr. Adriano em que fizemos a muralha no ano passado. CH, André, Adriana, Cleide e outros dos treinos das ladeiras
Mesmo com toda essa galera conhecida, cheguei tímido e desconfiado.
Escutei alguns falando baixinho - ele sabe o que é tiririca????
Pensei que fosse o humorista. No relato abaixo eu conto a diferença kkkk
Com um calção curto e uma camiseta me senti estranho vendo a galera toda paramentada com calças, camisas de manga longa, Camel Back...
Nem água eu levei kkkk
Me senti um estranho no ninho é verdade, mas a recepção que tive me deu forças pra não desistir. Por um momento pensei em dizer que tinha recebido um telefonema e teria que resolver um problema...
Nem deu tempo. Foi somente tirar a foto e foi dada a largada.
Passamos pelo elefante branco, a Arena de Pernambuco e fomos em busca das trilhas dos Timbus, da casa abandonada, do malassombro, da fábrica de drogas, do Camboja e outras que esqueci os nomes.
Essa bichinha tão bonitinha aos olhos, mas tão cortante no tecido epitelial me fez ver já no início da trilha que nunca podemos subestimar o adversário e sempre respeitar a natureza.
A Cyperus rotundus, mais conhecida como tiririca, ou junça, é uma planta pequena, de rápido desenvolvimento, pertencente à família Cyperaceae, e ao gênero Cyperus. Produz pequenos tubérculos de alto poder regenerativo (um único tubérculo cortado pode dar origem a várias plantas) ricos em fitormônios, sendo usado inclusive na produção de mudas de outras plantas por estaqueamento. É uma planta de difícil controle no campo, quer seja por controle mecânico (capinas) ou mesmo por herbicidas
É provável que o local de origem da tiririca seja a Índia.
Já nos primeiros kms da trilha a mão e a perna foram devidamente batizados pela tal Cyperus rotundis.
A dor foi anestesiada pela beleza da trilha e as brincadeiras do grupo. Muitas risadas somadas as dificuldades dos terrenos em que eu nem lembrava mais da tiririca.
Paisagens de tirar o fôlego.
Depois de muita subida, descida, muitos galhos, bambus, tiriricas, lama, quedas, terra e um pouquinho de asfalto, enfim chegamos VIVOS.
Xinguei Sena, CH, Vovô Noiado e Feiju por muitas gerações kkkk
Depois de 23 kms em 03:24:32 (exatamente o meu RP na maratona de Paris em 2012) me senti muito cansado e também muito feliz por ter sido tão bem acolhido por esses novos irmãos que a corrida me deu.
Obrigado de coração a cada um de vocês pelo privilégio de fazer parte desse grupo.